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quinta-feira, abril 07, 2011


DISSEMINANDO A CULTURA DA COLABORAÇÃO


quarta-feira, dezembro 29, 2010


TRABALHO COLABORATIVO

GRUPO DE APOIO COLETIVO - GRAC

       Para facilitar a aproximação de todos os profissionais que atuam dentro da escola e com a finalidade de envolvê-los efetivamente na busca de soluções para as questões mais complexas, a Coordenação Intermediária da DRE de Samambaia implementou, em 2009, uma proposta de trabalho colaborativo denominado Grupo de Apoio Coletivo - GRAC, baseado numa experiência da Espanha conhecida como Grupo de Apoio entre Professores - GAEP.       

        A premissa básica dessa metodologia é promover a interrelação entre os profissionais da escola na busca de apoio para a resolução colaborativa de problemas mais complexos, baseando-se no princípio da autonomia como um sistema de apoio mútuo. (PARILLA; DANIELS, 2004).    

       O GRAC possibilita à escola a mobilização de recursos próprios e o compartilhar de responsabilidades para o enfrentamento das situações advindas de um contexto muito diversificado de demandas sociais, econômicas, afetivas e educacionais, que podem gerar estresse e esgotamento profissional. Situações que se traduzem, em geral, na diminuição da tolerância e do envolvimento profissional em qualquer contexto que suponha aceitar novos desafios ou propostas (PARRILLA; DANIELS, 2004).

        Nesse sentido, o GRAC cria um espaço no qual os profissionais da educação, que compõem o Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, Orientação Educacional, Sala de Recursos, Direção, Supervisão e Coordenação Pedagógica, Centro de Referência a Alfabetização e corpo docente, possam compartilhar, analisar e resolver problemas mais complexos que surgem na realidade cotidiana da escola.

         Essa estratégia transforma todos os profissionais imbuídos no fazer pedagógico em protagonistas do processo de desenvolvimento escolar, pois assume e valoriza a riqueza e a profundidade do conhecimento de todos os profissionais da escola a respeito dos problemas que se apresentam no dia-a-dia escolar e, ainda, valoriza a capacidade de enfrentamento e ajuda na solução dos problemas. Assim, a escola constrói e destaca sua identidade como organização que aprende e se transforma por meio de e com seus profissionais.


        O GRAC, portanto, é uma metodologia utilizada pelos profissionais do SEAA de Samambaia como alternativa que os auxilia ao perceberem que a situação para a qual foi solicitado apoio requer o envolvimento de outros segmentos da escola. Isso reforça a importância da articulação de outros profissionais na discussão e busca de alternativas de apoio aos que demandam situações de maior complexidade.


        Dessa forma, a proposta auxilia na disseminação da cultura colaborativa, pois, rompe com o isolamento dos professores por meio da criação de um clima que facilite o trabalho compartilhado e que esteja fundamentado em respeito e numa concepção da escola como contexto básico para o desenvolvimento profissional (MARCELO GARCIA, apud PARRILA; DANIELS, 2004).


        Busca-se, portanto, com esta metodologia estabelecer uma prática consistente e criteriosa de análise, reflexão, compreensão, planejamento e avaliação das situações para as quais é verificada a necessidade de reunir um grupo de profissionais que atuam dentro da escola.

        Concluindo, percebe-se que as escolas onde o Gestor reconhece e apoia este trabalho, o sucesso é notório. Como exemplo destacam-se a E.C. 121, E.C. 501 e o Caic Helena Reis. Parabéns a todos os profissionais destas escolas.

Raquel de Alcântara Maragno Molina


segunda-feira, dezembro 20, 2010


NOVA PERSPECTIVA DE ATUAÇÃO DO SERVIÇO ESPECIALIZADO DE APOIO À APRENDIZAGEM DE SAMAMBAIA

          A Rede Pública de Ensino do Distrito Federal conta com um serviço de apoio técnico e pedagógico denominado Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem – SEAA, que oferece apoio educacional especializado às instituições de ensino e tem como objetivo principal contribuir para a superação das dificuldades presentes no processo de ensino e aprendizagem.
          Esse serviço está instituído desde 1968 no Distrito Federal - DF, tendo sofrido no decorrer dos anos inúmeras mudanças com o intuito de adequar-se às demandas da escola pública. Apesar de haver como diretrizes os preceitos estabelecidos no documento intitulado “Orientação Pedagógica”, fazia-se necessário o estabelecimento de uma sistematização para melhor operacionalização do trabalho, o que levou os profissionais do SEAA da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia a implementarem mudanças que vêm ocorrendo desde 1999.
          Tais mudanças foram em âmbito estrutural e metodológico, porém, ancoradas em um novo eixo teórico-epistemológico: a abordagem histórico-cultural, que relaciona a aprendizagem e o desenvolvimento humano aos aspectos sociais, culturais e históricos. Concebe-se, portanto, que essa abordagem teórica é capaz de dar sustentação a uma proposta inovadora de atuação no contexto da instituição educacional e, não somente, no problema individual dos estudantes.
          É importante destacar que por não haver, até então, um modelo teórico-metodológico para uma atuação institucional, a presença da Psicologia Clínica servia como referencial para o trabalho que era caracterizado pelo acompanhamento individualizado ao estudante encaminhado com a queixa de dificuldades de aprendizagem . O recebimento desses estudantes, sem a devida reflexão sobre o processo educativo e sobre as condições que propiciam o seu desenvolvimento, confirmava a presença de concepções medicalizantes e psicologizantes, uma vez que atribuíamos a eles a responsabilidade pelo seu fracasso.
          Assim, a crença em que os fatores biológicos, psicológicos ou ambientais determinavam o não aprender tirava o nosso olhar das discussões político-pedagógicas para outras mais reducionistas, o que era confirmado ao assumirmos a responsabilidade de buscar soluções para problemas que, muitas vezes, eram produzidos ou potencializados no contexto escolar. Como afirma Gurgel, (2002, p. 13), “as formas de avaliação e de intervenção, realizadas no sistema educacional, focalizam e realmente acreditam que as causas das dificuldades escolares estão alocadas na própria criança e em sua família”.
          Para tanto, a presença da equipe no contexto da escola passou a ser imprescindível com o intuito de conhecer aquela realidade in loco, e assim, desenvolver uma intervenção mais adequada, pois, apesar de haver diversificadas formas no contorno da escola, ela ainda concebe uma tendência muito linear e rígida ao promover a organização do seu trabalho pedagógico. Isso nos alerta para a necessidade de questionar sua prática como possibilidade de superação desses limites, principalmente por considerar que ela contribui significativamente para o processo de desenvolvimento integral do aluno (Alcântara, 2005).
         Desta forma, o SEAA está caminhando em direção ao aprimoramento do seu trabalho, o que pode ser constatado não só pelos avanços teórico/metodológicos, mas também, pelos avanços estruturais, comprovados pela evolução no número de equipes, partindo-se de três em 1999, chegando-se a 24 em 2010, de modo que, atualmente, cada escola do Ensino Fundamental, séries/anos iniciais, conta com um pedagogo e um psicólogo, sendo esse, itinerante em três escolas.
          Nessa nova perspectiva, a atuação passou a ser institucional com abordagem preventiva e interventiva, ocorrendo em todo espaço/tempo no contexto escolar no qual todos os sujeitos da escola estão sob o olhar da equipe. A figura abaixo ilustra a configuração da atuação dos profissionais do SEAA nas escolas da DRE de Samambaia.
          Entendendo, portanto, que todos os profissionais da escola são sujeitos ativos no processo educativo, é imprescindível que todos os agentes estejam envolvidos no fazer pedagógico. Por isso, o SEAA tem a tarefa de articular ações que promovam o trabalho coletivo dentro da instituição escolar, fortalecendo e instrumentalizando o corpo de profissionais com subsídios teóricos e práticos.
         Para o desenvolvimento do trabalho na instituição de ensino e baseando-se em Almeida e Marinho (2005), foram eleitas seis dimensões de atuação que ocorrem concomitantemente em todo espaço/tempo no contexto escolar. A figura abaixo ilustra as dimensões que norteiam o trabalho dos profissionais do SEAA na DRE de Samambaia.
          Nessa nova perspectiva de atuação, o SEAA estará em condições de cumprir os pressupostos do Ministério da Educação que postula que a atuação especializada deve ser um processo compartilhado, a ser desenvolvido, preferencialmente, na escola, envolvendo todos os agentes educacionais. Preconiza-se, portanto, que esse processo tem como finalidade conhecer para intervir, de modo preventivo e/ou interventivo, sobre as variáveis identificadas como barreiras para a aprendizagem. (MEC, 2002).

REFERÊNCIAS

Alcântara, G. R. Constituição Subjetiva do Aluno em Situação de Fracasso Escolar. Dissertação de mestrado. Brasília. Universidade de Brasília, 2005.
GURGEL,C. P. P. O relatório psicopedagógico e sua importância para o trabalho do professor. Dissertação de mestrado. Brasília. Universidade Católica de Brasília, 2002.
MARINHO-ARAÚJO, C. M. M. & ALMEIDA, S. F. C. Psicologia Escolar: construção e consolidação da identidade profissional. Campinas: Alínea, 2005.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais: subsídios para os sistemas de ensino, na reflexão de seus atuais modelos de avaliação. Brasília: MEC/SEESP, 2002.


sexta-feira, junho 18, 2010


INAUGURAÇÃO OFICIAL DO BLOG DO SEAA DE SAMAMBAIA

          Foi com grande alegria que aos dezoito dias do mês de Junho de 2010 inauguramos com muito orgulho o nosso Blog. Contamos com a presença da Profª Francisca Vânia, Supervisora Pedagógica e do Profº Evanilson, Chefe do Núcleo de Monitoramento Pedagógico, ambos da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia, e ainda, dos profissionais do Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem.  
          Na oportunidade foi evidenciada pelo Profº Evanilson, a relevante atuação dos profissionais do SEAA nas escolas de Samambaia – DF, e como as experiências por eles vivenciadas poderão contribuir com outros profissionais da área por meio deste Blog.
Profª Raquel de Alcântara Maragno Molina
Coordenadora do SEAA


Oração da Pétala

Senhor...
Tantas vezes já pensei em mim.
E descobri que sozinho não sou ninguém.
Tenho um colorido
Que as vestes dos homens jamais experimentaram.
Mas que seria de mim, se uma pétala só formasse a flor?
Agradeço, Senhor...
Pois, sem elas, eu não seria parte dessa flor
Que os homens acham tão linda...
Senhor... obrigada pela essência que nos perfuma...
Obrigada... porque não nasci só.
Nem só eu... nem só ela...
Nem as outras pétalas...
Mas somos juntas que fazemos desabrochar a flor.
Precisamos juntas abrir-nos, unirmo-nos mais e mais.
E viver juntas o amanhecer, o dia com tudo que é seu
E a noite que anuncia outra aurora...
Sentimos falta quando caímos todas...
Nascemos todas para uma grande missão.
para escondermos aquilo que é mais bonito que a flor bonita: A Semente.
Aquela que nos faz nascer de novo.
Senhor...
Obrigada, pela missão de ser pétala na flor...
Obrigada, pelas outras pétalas que me ajudam a ser mais, com elas.
Obrigada Senhor, pela flor que formamos juntas.

Autor desconhecido

SEAA/DRE/SAM – Junho /2010
Mensagem lida na Inauguração do Blog do SEAA de Samambaia


quarta-feira, junho 16, 2010


O TRABALHO COLABORATIVO NA ESCOLA CLASSE 501 DE SAMAMBAIA

          O trabalho coletivo não é algo fácil de construir. Entretanto, para uma Instituição de Ensino que vislumbra ser gerida democraticamente, esse é o meio para um processo pedagógico de qualidade e eficiência.
          Conforme Albert Schweitzer “a visão enxerga o objetivo em potencial escondido no caos do momento, mas que pode dar à luz novas possibilidades para uma pessoa, uma empresa ou uma nação.”
          Após um processo árduo e intencional na busca da ressignificação da cultura institucional, este ano a Escola Classe 501 conquistou a consolidação do trabalho coletivo, por meio da adoção de uma prática cotidiana que inclui maior empenho, disposição, boa vontade e comprometimento dos segmentos educacionais. Na prática destinamos um momento com data e hora pré estabelecidas para o planejamento colaborativo, onde todos os setores de apoio à escola (direção, coordenação, SEAA, SOE e Atendimento Educacional Especializado), planejam de forma colaborativa atividades diárias, tais como: coordenação coletiva, intervenções junto aos professores e alunos, reuniões, organização de eventos e encontros para Avaliação Institucional.
         Fazer parte de uma gestão compartilhada contribui para um olhar sistêmico, global, contextual e holístico.
          Nessa perspectiva, o trabalho coletivo tornou-se uma condição “sine qua non” na elaboração das atividades da escola. Todavia, todo os trabalhos e projetos desenvolvidos na escola trazem resultados importantes, que são frutos, não de um esforço individual, mas colaborativo. Não significa que estamos trabalhando juntos todo o tempo, mas, após traçarmos nossos objetivos comuns, compartilhamos responsabilidades que desenvolvem-se individualmente ou em subgrupos, e assim, garantimos o cumprimento dos objetivos pré-estabelecidos..
          É através do trabalho coletivo que a nossa escola está transformando-se a cada dia em um espaço privilegiado de formação, não apenas para os alunos, mas para todos os segmentos da escola.

Débora Vilhena Perugino de Araújo – Pedagoga do SEAA - EC 501
Jane Giovana Almeida Barbosa – Psicóloga do SEAA – EC 501


quinta-feira, maio 13, 2010


Atuação Institucional - Reflexões postadas na Plataforma do SEAA


        Desde 1999 temos nos preocupado com a formação dos nossos profissionais. Para isso foi adotada a prática de estudos intensivos que acontecem no início de cada semestre letivo, continuando semanalmente nas coordenações coletivas presenciais e on-line por meio da plataforma. Esses momentos, presenciais ou não, são importantes, pois, são reservados para estudos, debates, reflexões, orientações, análise de situações complexas ocorridas no cotidiano das escolas, troca de experiências etc.
        Dentre os vários temas estudados em 2010, assuntos relacionados à prática institucional também foram abordados, dos quais foram postadas algumas reflexões na Plataforma, tais como as que se seguem:


ATUAÇÃO INSTITUCIONAL

         Muitos de nós estamos perguntando: afinal, o que significa atuar numa perspectiva institucional? O que estamos fazendo na escola é institucional ou não? O que fazer com tantas queixas apresentadas pelos professores sobre crianças que não aprendem? Temos que atender essas crianças ou não? Se não atendê-las, o que fazer para ajudá-las?

        Iniciamos a nossa discussão trazendo o caso de “José”, que nos remete aos muitos “Josés” que encontramos em nossas escolas. Os discursos que circulam a partir de situações como essas nos levam a perceber que é preciso refletir sobre as concepções que sustentam tais práticas e é pra isso que estamos aqui.
        Escolhemos um fragmento da Dissertação de Mestrado de Anna Maria Lunnardi Padilha como ponto de partida que serviu para o início das discussões que foram desenvolvidas nas coordenações coletivas presenciais e na Plataforma, conforme texto postado a seguir:


PADILHA, Anna Maria Lunnardi. O encaminhamento de crianças para a classe especial: possibilidades de histórias ao contrário. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 1994. p. 63 a 75.

[...]

        José havia sido matriculado na 1ª série em 1989. Estava portanto, no CB há quatro anos. Durante todo este tempo foi considerado inapto. A afirmação de que NADA faz e NADA QUER fazer marca lugares discursivos: a posição da escola enquanto instituição responsável pelo ensino, mas que não ensina. A posição da professora que mediadora desta aprendizagem, precisa que o aluno aprenda para justificar seu papel, mas desconsidera como ocorre a aprendizagem de seu aluno, constata que ele NADA faz como se o fazer do aluno fosse algo individual, decorrente de uma vontade (ou falta de vontade) particular. [...]. Os discursos presentes nos relatórios da professora da classe apontam para uma representação negativa das possibilidades de José – afirmam sua incompetência.
        Como as professoras olham para si, para a escola, para o aluno? Para o que olham em cada uma destas instâncias?
         E quanto ao José? Será possível entender seu comportamento sem levar em consideração o modo como a escola se relaciona com ele? Seria possível compreender porque não aprende o que a professora diz que deveria ter aprendido, sem considerar as condições de ensino que se vincularam as suas recorrentes reprovações?
        Que evidência circunstancial foi valorizada na decisão para encaminhamento à avaliação diagnóstica? Que pistas selecionaram? Onde o âmbito da investigação foi insuficiente? Por que, no material documentado a respeito de José, não apareceu, em qualquer momento, alguma suspeita sobre a escola pública e seus problemas, sobre a formação dos professores, sobre as possibilidades de mudanças no cotidiano de sala de aula?
        Assim, a análise dos motivos das reprovações de José levou-nos a indagar sobre o modo como se deram as relações entre a escola e ele. Os dizeres dos relatórios revelaram interpretações de suas professoras, fundadas na concepção de que as dificuldades do aluno são intrínsecas a ele, por causa disto, o trabalho escolar não surtiu os resultados esperados (“não atingiu os objetivos propostos”). Parece claro haver um descompasso entre as condições oferecidas e as expectativas de resultados.

[...].

PARA REFLEXÃO:


"Na luta contra o fracasso, além de uma modificação radical nos 'métodos de investigação' vigentes, empregados pelos profissionais legitimados que avaliam e interpretam os indícios de deficiências, será preciso uma nova leitura semiótica e portanto uma nova abordagem psicológica, o que implica também mudanças na prática pedagógica". (PADILHA, 1994, p. 55).


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  MAS, AFINAL, SERÁ QUE ESTAMOS NO CAMINHO CERTO?

         Transitar de um paradigma para outro é algo que nos traz muito temor. Isso ocorre porque estávamos habituados a um lugar que nos proporcionava segurança, confiança e quando nos vemos saindo dessa zona de conforto para outra de maior complexidade, como é o contexto escolar, sentimo-nos incapazes.

          Entretanto, esse temor é importante, pois, nos mobiliza a buscar recursos que nos faltam e que são primordiais para o sucesso do nosso trabalho. Estamos falando de competências. Mas, de que competências estamos falando se elas são inúmeras? Estamos falando de competências necessárias para o bom desempenho de um trabalho institucional. Entretanto, já estão sendo desenvolvidas, pois, já iniciamos esse exercício há algum tempo, mas ainda há muita coisa a se fazer. É por isso que estamos aqui, buscando o nosso aprimoramento.

          Lembro de um texto elaborado pela Profª Drª Albertina Mitjans Martínez, quando falava da atuação e formação do Psicólogo escolar, e aí cabe, também, para os pedagogos, que o processo de formação começa pelo nosso desenvolvimento enquanto sujeitos. A formação e o desenvolvimento do sujeito, se bem acontece pela sua participação em espaços institucionalmente organizados para esse fim, também acontece pelas suas reflexões, ações e decisões sobre sua própria ação, e pelos diferentes espaços e alternativas que ele procura e cria. (MARTÍNEZ, 2007)

          Nesse texto a autora enfatiza alguns aspectos fundamentais que proponho, também, para a nossa reflexão nesse processo de formação contínua. São eles:

1 A importância da ação-reflexão-ação durante o percurso das nossas atividades no SEAA, como elementos primordiais em nossa formação.

2 A percepção de que esse processo de reflexão que ora estamos fazendo é parte integrante e imprescindível da nossa formação contínua.

3 A conscientização de que para acontecer o nosso desenvolvimento é necessária a nossa participação nesse processo, enquanto sujeitos ativos.

           É possível perceber, então, que estamos no caminho certo, ou seja, como sujeitos ativos estamos buscando o desenvolvimento das competências necessárias, por meio da ação-reflexão-ação e, assim, estamos promovendo a nossa formação contínua e atuando na SEXTA DIMENSÃO.

          Voltando ao tema em questão, podemos perceber, portanto, que será nesse contexto de atuação, no espaço da escola, onde se entrelaçam as inúmeras redes intersubjetivas, que precisamos intervir. Entretanto, não devemos nos limitar apenas a oferecer sugestões de cunho metodológico.  Estamos falando de algo mais, de algo que ultrapassa as técnicas, as estratégias e os recursos didáticos/metodológicos, embora façam parte, também. Estamos falando da necessidade de, com um olhar/ouvir  mais apurado e cuidadoso, perceber que outras questões circulam nesse contexto e que, inevitavelmente, poderão interferir no processo de ensino e de aprendizagem. Isso é atuar numa perspectiva interventiva e preventiva da SEGUNDA DIMENSÃO e da QUARTA DIMENSÃO do nosso trabalho.
          Estamos falando de coisas que passam pela organização do trabalho pedagógico como um todo; pelo modelo de gestão que é desenvolvido - TERCEIRA DIMENSÃO; pelas relações que são estabelecidas entre todos dentro da escola, e principalmente, entre os professores e alunos; enfim, inúmeros fatores que podem interferir diretamente nesse processo e que cabe a nós percebermos para que, com intencionalidade, possamos intervir.
          E aí, vem o grande questionamento: COMO FAZER TUDO ISSO? Será que as reflexões que estamos fazendo nos diversos espaços dentro da escola, as orientações, sugestões, intervenções nas coletivas, nas reuniões, nos conselhos de classe, nos encontros formais e informais, os planejamentos em conjunto com outros, etc., tudo isso não são competências que estamos desenvolvendo e que nos aproximam do modelo institucional? Pensamos que sim. Entretanto, só será considerada intervenção institucional se estivermos agindo, ou melhor, intervindo com intencionalidade. Significa que em cada ação desenvolvida por nós, ela terá que ter sido realizada com um propósito específico. E isso é formação contínua, também. De fato, a atuação institucional passa por esse caminho. O que precisamos é aprimorar esse “COMO FAZER”.

          À medida em que fazemos essas intervenções, elas irão atender diretamente as necessidades individuais dos estudantes, porém, reafirmo, desde que sejam planejadas e realizadas com intencionalidade. Significa dizer que o profissional do SEAA precisa conhecer para intervir adequadamente e aqui estamos considerando a PRIMEIRA DIMENSÃO. Portanto, quando o profissional do SEAA faz intervenções por meio de uma conversa individual com o professor, ou numa coordenação coletiva, ou na sala de aula, ou em grupos de estudo ou de qualquer outra forma, tais intervenções, desde que planejadas e realizadas com intencionalidade, estarão seguindo plenamente o modelo institucional.

          Há inúmeras vantagens nesse formato de intervenção, tais como: amplia a possibilidade de outros estudantes serem beneficiados com o mesmo trabalho; enriquece os conhecimentos do professor, pois ele estará refletindo, experimentando, planejando juntamente com o profissional do SEAA. Podemos, então, perceber que o alcance dos benefícios desse trabalho é muito maior do que se fosse realizado apenas com o estudante.

          Nossa intenção com essas palavras foi de nos levar a uma reflexão sobre o que de fato vem a ser atuação institucional. É preciso que, primeiramente, tenhamos essa clareza, pois, caso contrário, vamos sempre nos questionar sobre isto. Portanto, queremos concluir dizendo que uma atuação no contexto escolar que não tem como foco apenas o aluno, mas sim, todos os que estão envolvidos no contexto da educação (direção, professores, auxiliares, pais etc) e que, com eles é estabelecido diálogos com a intenção de refletir, planejar etc., é, sem sombra de dúvidas, atuação institucional.

           Não estamos prontos e ainda bem que não estamos. Precisamos aprimorar muito ainda o nosso trabalho e é pra isso que estamos em processo de formação contínua. Precisamos ler muito, estudar, dialogar, experimentar, refletir, errar, construir, desconstruir, reconstruir etc. É nesse processo de ação-reflexão-ação contínuo que vamos encontrando as melhores alternativas de um trabalho melhor sistematizado.

         
(Editado na Plataforma do SEAA por Raquel de Alcântara Maragno Molina- quinta, 13 maio 2010, 09:47)


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        Mesmo com toda insistência de estudo/pesquisa, vejo-me questionando se estou ou não agindo institucionalmente, se estou ou não desenvolvendo o meu papel ou o do outro. E com o turbilhão de atividades que tive nessas últimas semanas, essas indagações ficaram ainda mais inquietantes!
        Mas, ao ler a contribuição da Ândrea e a sua exposição, começo a colher alguns pontos relevantes que podem contribuir ainda mais com um norte para quem está começando nessa trajetória. E destaco, Raquel, o seguinte ponto colocado por você:
        "Portanto, quando o profissional do SEAA faz intervenções por meio de uma conversa individual com o professor, ou numa coordenação coletiva, ou na sala de aula, ou em grupos de estudo ou de qualquer outra forma, tais intervenções, desde que planejadas e realizadas com intencionalidade, estarão seguindo plenamente o modelo institucional."
        Esse parágrafo me fez refletir sobre como às vezes eu busco "apagar incêndios" na escola, mas nem sempre eles estão diretamente ligados a uma queixa específica que tenha sido encaminhada ao SEAA. Questões muitas vezes que caberiam ao SOE, Supervisor, etc. Creio que se eu me concentrar em ações específicas do que é encaminhado poderá contribuir na redução da sobrecarga do trabalho.
        Porém, eu me pergunto, agimos também na esfera da prevenção, ou seja, de evitar que muitos problemas venham surgir e impedir a qualidade da aprendizagem do aluno e, nesse caso, tal atitude, nem sempre é resultado de uma queixa específica, mas da escuta que fazemos do nosso espaço de atuação, o que também cai na subjetividade. Então, penso que acabamos voltando à questão da amplitude do trabalho institucional.
        O que vejo é que, pelo menos para mim, trata-se de um trabalho/concepção que me apropriarei no processo, na caminhada devido a sua amplitude.
        Mas, para isso, a roda de contribuição dos colegas poderá ajudar e muito! Porque às vezes em nosso cantinho fazemos muita coisa que tudo tem a ver com a proposta e que pode auxiliar o outro no reajuste dos passos.

Postado na plataforma do SEAA por Geane de Jesus Silva - sexta, 14 maio 2010, 16:59


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        A partir de todas as reflexões desenvolvidas até aqui, neste trabalho, entende-se como necessário que a atuação do psicólogo escolar se estabeleça em uma dimensão preventiva.
        No livro de Psicologia Escolar: construção e consolidação da identidade profissional, cap.6, p. 88 e 89 a Profªa Claisy Marinho - Araújo fala sobre atuação preventiva.
        "Privilegiar uma atuação preventiva pode gerar entendimentos equivocados ao que realmente se pretende com essa proposta de intervenção e atuação. Isso porque ao conceito de prevenção é comum associar-se a idéia de antecipação, ajustamento e adequação de situações e comportamentos, que se encontram fora dos padrões gerais aceitos, a modelos adaptativos e normativos, a fim de evitar 'maiores problemas futuros'.... na forma de intervenção aqui proposta, os caminhos para uma atuação institucional preventiva estão sendo ancorados em ações e estratégias orientadas para que o psicólogo escolar facilite e incentive a construção de estratégias de ensino tão diversificadas quanto forem as possibilidades interativas de aprendizagem; promover a reflexão e a conscientização de funções, papéis e responsabilidades dos sujeitos que atuam, de forma relacional, no cotidiano da escola, e busque, com a equipe escolar, a superação dos obstáculos à apropriação do conhecimento.”
        A atuação do SEAA dentro das dimensões prevê um trabalho preventivo, evitando o “apagar fogo”. Esta demanda deve ser acolhida, porém o foco da atuação da equipe é promover reflexão, conscientização, colaborar na construção de estratégias de ensino, dentre outras mais, de maneira colaborativa e co-participativa. No próprio Mapeamento Institucional, muitas vezes, consigo prever quais as turmas que necessitam de um trabalho mais próximo do professor, ou em qual situação da escola como um todo podem surgir maiores dificuldades.


Comentário feito na Plataforma do SEAA por Ândrea Queiroz - domingo, 16 maio 2010, 14:29


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        Todas as indagações citadas também me faço diariamente... Neste momento estou "usando" o aluno encaminhado formalmente para estar onde ele está e, assim, fazer com que minhas ações tenham uma amplitude maior. Ex: intervenções/observações em sala de aula, projetos interventivos, interclasse.... Mas sempre me questiono: O que estou fazendo aqui no projeto interventivo que não poderia ser desenvolvido por qualquer outro professor? E então vem a difícil missão, estou lá para perceber relações, concepções, planejamentos, currículos ocultos ou explicítos, ditos e não ditos. E perceber isto para quê? Para na hora do planejamento, no dia a dia, nas coletivas, ao falar e ao elaborar o Programa de Intervenção "MEXERMOS" com o que vimos.... E este "mexer" envolve cuidado, tempo, sabedoria, conhecimento, embasamento teórico, etc e etc e também humildade para aprendermos com os alunos e com os professores.
        Quando vou para o planejamento juntamente com o professor procuro ir com indagações e não com respostas; mas como estive com ele na prática, isto me dá autonomia e crédito para falar e sugerir mudanças em seu planejamento e postura diante de tal aluno e possivelmente diante da turma....
       Outro ponto positivo deste "estar na prática com o professor" é o respaldo que ganhamos para falar da escola diante da direção e dos demais profissionais. Agora, isto é fácil? Não. Pois, além de tempo para executar, ainda temos que planejar e registrar... Ainda não consigo fazer isto como gostaria e isto me causa angústia. A parceria com o psicólogo é fundamental, mesmo indo uma vez por semana, suas ações e palavras são pontuais, esclarecedoras.
      Ainda temos a realização das coletivas.... Como elas são fundamentais para a nossa atuação!!!!!! Mas, como elas nos dão trabalho! Como exige estudo, preparação e tempo! Mas ao final de cada uma como nos sentimos úteis, felizes!


Postado na Plataforma do SEAA por Lindamar Gonçalves - domingo, 16 maio 2010, 15:52


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        No fórum, entre outros aspectos foram levantadas questões pontuais acerca da atuação do pedagogo. Acredito que um procedimento que deve permear toda nossa atuação é a autoavaliação - um diálogo interno, de tomada de consciência permanente. Apoiada em Hoffman (2008), gostaria de refletir que vivemos em tempo de mudanças, de ressignificações, de contestações acerca de modelos e posturas de todas as ordens e, não seria diferente conosco.
       Penso que é relevante a clareza dos limites de espaço/tempo de atuação do pedagogo para conquistarmos junto à escola, a valorização de nossa ação. Primeiramente, não se pode ensinar ao professor, coordenador, gestor e a outros o que eles necessitam aprender, "porque aprendizagens significativas são reconstruções próprias de cada profissional" e estas "exigem um processo reflexivo" (ibidem, p. 30). Mas podemos levar à reflexão a ação cotidiana desses sujeitos, compreender o que está se fazendo e suas implicações, compartilhar novas experiências com outras pessoas para sentirmos fortalecidos, apoiados, pois as mudanças queiramos ou não, resultam em sofrimento para rompermos com paradigmas, paulatinamente.
       Lembremos que de forma solidária e não solitariamente, essas mudanças envolvem processos de compartilhamento de experiências, de reflexão conjunta e de ação mediadora para propormos avanços. Um segundo aspecto, todo esse processo requer uma prática diária e não esporádica de avaliar para se promover aprendizagens de todos, contribuindo para a reorganização do trabalho pedagógico desenvolvido na e pela escola, em sala de aula e pelo SEAA. Enfim, buscar e refletir acerca do novo "não deve significar uma batalha contra o velho, negando a experiência e os valores cultivados por uma instiuição e seus educadores" (Hoffman, 2008).
        É importante refletir com os demais atores da escola a possibilidade de aprendermos com os acertos e erros, "que não se sabe de tudo" (Demo, 2001) e "que cada um pensa como pode" (Quintana) são princípios fundamentais para garantirmos o diálogo e o tom afetivo entre as nossas vozes e de outros segmentos.


Postado na Plataforma do SEAA por Rose Meire Silva e Oliveira - segunda, 17 maio 2010, 09:24

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        Sobre a atuação institucional nos enfoques preventivo e interventivo, gostaria de fazer alguns comentários.

        Sabendo que a aprendizagem e o ensino não acontecem de forma isolada e individual, é preciso considerar os diversos aspectos que ocorrem no contexto das escolas, como, por exemplo, as relações intersubjetivas, a história de vida escolar, o fator socioeconômico, pedagógico e familiar do aluno. É preciso, ainda, compreender como se processa o desenvolvimento não somente dos estudantes, como, também, do corpo técnico-pedagógico uma vez que são sujeitos que estão envolvidos no processo do ensinar e do aprender, para, assim poder planejar as ações interventivas adequadas ao pleno desenvolvimento dos mesmos.
        Para tanto, a operacionalização do trabalho nesse novo enfoque, o institucional, no qual abrange todo o contexto escolar acontece em duas perspectivas, concomitantemente, a preventiva e a interventiva.
        A atuação preventiva inclui uma diversidade de situações que ocorrem dentro da instituição, nas quais os profissionais do SEAA devem buscar compreender as condições do ensino e da aprendizagem, a fim de identificar os elementos dificultadores e os facilitadores desses processos.
        Nesse sentido, faz-se necessária a assessoria aos diversos aspectos que revestem o trabalho pedagógico, incluindo questões metodológicas, relacionais e socioculturais, como fundamentais para a melhoria das relações com o processo de ensino e aprendizagem.
        Por outro lado, faz-se necessário intervir em situações de dificuldades no processo de ensino e aprendizagem que já estão instaladas no contexto escolar. Assim, a atuação interventiva inicia quando o professor ou outro profissional demanda uma situação para a qual precisa de apoio.
       Cada uma das atuações – preventiva ou interventiva – implica em uma metodologia especifica de trabalho, porém, há uma relação dialética ou de reciprocidade entre elas. Ou seja, a atuação preventiva pressupõe ações que, ao mesmo tempo em que identifica os obstáculos da ação educativa, propõe procedimentos de forma a intervir junto aos elementos que possam facilitar tal processo. Da mesma forma quando se executam ações interventivas, abordam-se determinados aspectos na escola, envolvendo os responsáveis pelo processo educativo evitando que outros problemas sejam desencadeados.
        Para Patto (1973) o fracasso dos estudantes é o reflexo da inadequação pedagógica do sistema de ensino em relação à população que ele atende. Se, portanto, o motivo apresentado para o encaminhamento é dificuldade de acompanhar o ensino, deve-se, então, investigar quais as razões que estão contribuindo para o educando fracassar, considerando-se tanto aquelas ligadas às suas características quanto as do sistema educacional, incluindo as práticas pedagógicas inadequadas ao processo de desenvolvimento do ser. Pressupõe, também, conforme Alcântara (2005, p. 26) que todo trabalho que é desenvolvido em sala de aula, tem por traz “a existência de concepções subjacentes que, a priori, determina cada ação efetivada pelo professor, o que, na maioria das vezes, o leva a estabelecer uma prática distante da realidade cotidiana do aluno”.
        Nesse sentido, toda a atuação dos profissionais do SEAA têm um caráter avaliativo e interventivo ancorados na perspectiva da mediação. Essa, por sua vez, assume uma abordagem contextualizada, dinâmica, processual e interativa. Os princípios dessa mediação combinam avaliar e intervir, ou seja, ao mesmo tempo em que se investiga o objeto, ações interventivas são desencadeadas (GDF, 2009).
        Essa investigação pode possibilitar a compreensão de fatores associados ao fracasso da criança (GURGEL, 2002) e, em consequência disso, supõe-se que a construção das informações subsidie estratégias para intervenção de forma a promover a melhoria das condições de ensino. Assim, poderá prevenir futuros encaminhamentos de muitos alunos que apresentam problemas de comportamento e/ou aprendizagem (GURGEL, 2002). Daí a importância das ações institucionais do SEAA com enfoque preventivo.
         Dessa forma, a atuação preventiva e interventiva ocorre em todo espaço/tempo no contexto escolar de maneira a contribuir para o processo de ensino e aprendizagem. O espaço/tempo pode ser caracterizado pelo conselho de classe, coordenação coletiva, contexto de sala de aula, encontros/reuniões com pais, encontros com os estudantes, individual ou em grupos, auxiliares de educação, direção e outros.
       
(Editado na Plataforma do SEAA por Carolina Gurgel- quarta, 19 maio 2010, 09:46)


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        Quantas contribuições boas estão sendo passadas por vocês. Fico muito feliz por perceber que isso é resultado de um processo de formação que acontece há alguns anos. É importante termos consciência de que esse processo de formação contribuiu para promover transformações na nossa prática, ressignificações, reformulações de conceitos, de concepções etc. Mesmo os que chegaram agora já utilizam uma linguagem própria da atuação institucional que estamos buscando desenvolver atualmente. Basta que cada um faça uma autoanálise que irá perceber essa evolução em termos de conhecimentos e de competências já desenvolvidas em tão pouco tempo. Isso, pessoal, é a verdadeira formação que chamamos agora de contínua.
        Quando a Rose Meire faz menção de Hoffman, ao afirmar que as aprendizagens são reconstruções próprias de cada um de nós e que estas aprendizagens só acontecem quando passamos por um processo de reflexão, isso diz respeito ao nosso processo de desenvolvimento, como, também, do processo de desenvolvimento dos professores. Então, o nosso desenvolvimento e o desenvolvimento dos professores com os quais atuamos é resultado de um processo de estudos e de reflexões que estamos constantemente fazendo, incluindo agora essa nova possibilidade de formação on-line.
        Em conseqüência disso, podemos evidenciar que a nossa atuação institucional também passa por aí, ou seja, quando criamos, com intencionalidade momentos para a reflexão sobre cada situação vivenciada pelos professores, estamos despertando neles o desejo (aí estamos falando do desejo que a psicanálise diz ser importante para nos mobilizar em direção a qualquer coisa), que nesse caso específico seria o desejo de conhecer para melhor fazer. Assim, vamos inserindo pouco a pouco a vontade de ler mais, de estudar mais, de refletir mais etc. Naturalmente e de forma bastante agradável, estaremos atuando na 6ª Dimensão.
        Entretanto, para que a nossa contribuição nesse processo de formação contínua dos professores possa ser efetiva faz-se necessário planejar previamente. Se esse planejamento ainda não foi feito, ainda está em tempo. É preciso articular o nosso trabalho entre todos na escola. Lembrem-se, estamos construindo a Cultura da Colaboração. Vamos planejar e executar, juntamente com o coordenador e com o supersivor pedagógico, as próximas coletivas, pois esse espaço é muito rico e fértil para fazermos a provocações que precisam ser feitas e, assim, estaremos contribuindo para a cultura da colaboração.
        Para enriquecer as Coordenações Coletivas que vocês realizam nas escolas, é importante que todos contribuam com sugestões, aproveitando esse canal on-line, pois esse espaço existe exatamente para ser bem aproveitado.


Postado na Plataforma por Raquel de Alcântara Maragno Molina - terça, 25 maio 2010, 11:18


quarta-feira, maio 12, 2010


Lançamento da Plataforma do SEAA para estudo e reflexões

MAIS UMA DE NOSSAS CONQUISTAS:
        Estamos muito felizes pelas inumeráveis conquistas reunidas nos últimos onze anos, no que diz respeito ao desenvolvimento do nosso trabalho. Todo o processo de evolução que vivenciamos só foi possível, principalmente, por duas razões fundamentais, como: o envolvimento e a dedicação de todos os nossos profissionais num contexto de construção coletiva, e a busca incessante pelos conhecimentos que se fizeram necessários para nos direcionar rumo às mudanças.

        Nessa perspectiva de construção coletiva onde todos podem contribuir, inauguramos mais uma de nossas conquistas, ou seja, a nossa PLATAFORMA. Esse recursos tecnológico serve para ampliar as possibilidades de diálogo de maneira mais otimizada entre os nossos profissionais, uma vez que temos a nosso favor o tempo e o espaço que cada um pode escolher. Outra grande vantagem está na possibilidade de TODOS contribuírem com reflexões pertinentes e que, muitas vezes, não conseguem fazer nos espaços coletivos em função do tempo.

        É importante ressaltar  que o espaço virtual contribui para enriquecer as nossas reflexões teóricas, pois, todos podem navegar nesse barco de conhecimentos que, de forma tão rica, está colocado ao nosso dispor. Assim, como estamos na fase de construção coletiva do nosso trabalho, entendemos que esse momento virtual, também, é muito  importante, pois, serve para a troca de experiências, bem como, para propor ações viáveis.

        Tudo que estamos construindo tem sido construído por meio de um processo lento, gradativo e de forma coletiva, onde todos podem sugerir, todos podem agregar conhecimentos e experiências, todos podem questionar, enfim, todos têm a oportunidade de participar. A reflexão que fazemos durante o processo de construção nos conduz ao aprimoramento das nossas ações.

        Portanto, dando continuidade à nossa formação contínua, estamos, com esse recurso tecnológico, atuando na SEXTA DIMENSÃO do nosso trabalho. Para subsidiar as reflexões que serão realizada por meio da Plataforma, elencamos algumas premissas básicas para a nossa formação:

1. A NOSSA ATUAÇÃO DEVE SER INSTITUCIONAL. O olhar dos profissionais do SEAA deve estar voltado para a ESCOLA como um todo e não focado apenas no aluno. Para tanto, a nossa intervenção deve partir de uma análise Global, Contextual, Sistêmica e Holística dos fenômenos.
2. TEMOS TRÊS EIXOS TEÓRICOS NORTEADORES DO NOSSO TRABALHO, que são:
· A Abordagem Histórico-Cultural.
· A Teoria da Subjetividade.
· O Desenvolvimento das Competências.

IMPORTANTE: Os estudos e reflexões partem do que vivenciamos no cotidiano da escola. Isto significa que  refletimos, dialogamos, enfim, estudamos sobre os assuntos pertinentes à nossa prática.

Como acontece a formação contínua dos profissionais de SEAA de Samambaia: 
1. Por meio de assessoria permanente em serviço:
· Do individual para o individual.
· Do individual para o grupo.
· Do grupo para o individual.
· Da Coordenação Intermediária para o grupo
· Da Coordenação Intermediária para o individual
· Do grupo para a Coordenação Intermediária.
· Do individual para a Coordenação Intermediária.

2. Por meio de encontros coletivos presenciais, para:

ESTUDOS:
· Troca de experiências.
· Divisão de angústias.
· Debates temáticos.
· Leitura e reflexão
· Oficinas.
· Etc.

3. Por meio de encontros virtuais:
Esse recurso minimiza, inclusive, os custos com celular, combustível, etc. Ele nos possibilita dialogar com qualquer um a qualquer momento e de qualquer lugar. Temos que aproveitar o que a evolução tecnológica nos coloca à disposição. É IMPORTANTE QUE FIQUE CLARO QUE ELE NÃO TOMA O LUGAR DOS ENCONTROS PRESENCIAIS. Da mesma forma que os encontros presenciais, esse recurso on-line também serve para:

ESTUDOS:
. Troca de experiências.
· Debates temáticos.
· Leitura e reflexão.
· Questionamentos.
· Etc.

FAÇAMOS BOM PROVEITO...

Raquel de Alcântara Maragno Molina